Ele não foi nem físico e nem pintor.Se eu tivesse que fazer uma ligação da vida do inventor do telégrafo, Samuel Morse com a vida de Rondon, o responsável por desbravar milhares de quilômetros lançando linhas telegráficas no interior desse Brasilzão, lhes digo que seria nenhuma.
Morse teve base, teve pai e mãe que, embora não concordassem com sua paixão por pintura, estiveram lá para bancar universidade e cursos de arte pela Inglaterra.Rondon cresceu cuidado por um tio, numa cidade de nome muito sem sentido (Mimoso) no Mato Grosso(quer coisa mais sem graça?) e participou da derrubada da monarquia, para o sistema republicano entrar em seu lugar.Enquanto isso o playboy do Samuel se casava e tinha três filhos, é claro, morando nos Estados Unidos, o que desde aquela época significava viver pelo menos uns 20% melhor que neste país.
Cândido também teve algo que o diferenciou dos homens que o mandaram se enfiar no centro-oeste para fazer seu trabalho:o mínimo de respeito com os índios.Talvez tenha sido esta a grande tacada para a expansão da telegrafia no Brasil.Ainda mais quando criou o Serviço de Proteção ao Índio, afinal eram eles que dominavam o pedaço ( pedação no caso).E o Morse nessa historia?Sim, esqueci de dizer que ele teve reconhecimento como retratista de sua época e que seu maravilhoso feito, o telégrafo, era apenas secundário em sua árdua vida.
Nosso Marechal morre aos 92 anos, no Rio de Janeiro, tendo contribuído imensamente com as suas descobertas na área da biologia,hidrografia e geologia.Sem muito alarde e tampouco grande fama deixada para trás.Morse morre milionário, em razão da enorme disseminação das linhas telegráficas nos EUA.
Coincidência?Apenas que todo mundo morre.
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